Temos um São Bernando e uma Pitbull, ambos muito lindos, meigos, e obedientes. Resolvi pesquisar as raças, e olhem o que encontrei:
SÃO BERNARDO:
O São Bernardo é uma raça bastante antiga, desenvolvida a partir do cruzamento de antigos molossos romanos, que chegaram à região dos Alpes com as tropas romanas. Contribuíram para sua constituição atual, bastante diferente dos cães originais que eram menores e sempre de pêlo curto, o
Dogue Alemão, o
Bloodhound e o
Mastiff.
É impossível falar nos São Bernardo sem falar dos monges que praticamente garantiram a existência da raça. Estes monges eram os responsáveis e moradores do Hospice du Grand St. Bernard, um monastério localizado num dos pontos mais altos das montanhas e passagem obrigatória para os viajantes que precisavam cruzar os Alpes.
Segundo vários historiadores, a adoção dos cães pelos monges aconteceu por volta de 1660. Num primeiro momento, os cães eram usados para a guarda da propriedade. A primeira missão em que participaram como auxiliares no salvamento de viajantes aconteceu, apenas no século XVIII. A partir daí, e do trabalho de treinamento dos cães realizado pelos monges, a fama de cão de salvamento e resgate do São Bernardo não parou de crescer. Além de encontrar vítimas soterradas, o cão devia buscar ajuda no monastério quando o monge que o acompanhava (chamado de marronier) ou a vítima não conseguisse mais andar pelas montanhas.
Para realizar todas essas tarefas, num ambiente hostil e sujeito a baixíssimas temperaturas, era essencial que o cão fosse robusto, tivesse um excelente faro e que sua pelagem servisse como isolante térmico. E na busca por essas características, os monges desenvolveram o São Bernardo que conhecemos hoje.
No entanto, ao contrário da grande maioria das representações desses ‘anjos dos alpes’, em que eles quase sempre aparecem portando um pequeno barril no pescoço, eles nunca utilizaram esse adereço durante suas missões de salvamento. Segundo alguns textos, a estratégia de salvamento utilizada pelos cães envolvia até 4 animais simultaneamente: quando encontravam a vítima, dois cães deitavam lado a lado com a pessoa a fim de mantê-la aquecida. Um terceiro cão lambia-lhe a a face, tentando reanimá-la e um quarto cão retornava ao monastério para buscar ajuda.
O São Bernardo, assim como algumas outras raças, foi muito prejudicado pelas guerras na Europa e, para evitar que a raça sumisse devido à alta consanguinidade entre os exemplares, os monges foram obrigados a acasalar seus cães com exemplares de outras raças, principalmente com os
Terranova. Foi a partir destes cruzamentos que surgiu a variedade de pêlo longo, que eram enviados pelos monges para outros criadores, uma vez que esse tipo de pelagem não era adequada ao trabalho de salvamento por acumular neve e umidade.
Com o desenvolvimento da região e a construção de estradas, os São Bernardo perderam sua função inicial e hoje continuam sendo criados pelos monges apenas como parte da tradição do monastério. Mas, felizmente, esses ‘anjos dos alpes’ já haviam encontrado muitos admiradores pelo mundo todo, o que garantiu a sobrevivência e popularização da raça. Prova disso são as inúmeras aparições do São Bernardo em filmes como Beethoven (1 e 2) e no papel de ‘babá' de Peter Pan.
PERSONALIDADE DA RAÇA
Até em razão de sua função original, o São Bernardo se destaca pela docilidade. Segundo dados de um estudo da FCI publicado pela revista Cães e Cia, a raça é considerada a "mais sociável com estranhos" ( meu cão não se enquadra nesse item, o Iron não deixa estranhos entrarem no pátio, ele é dócil apenal quando nos estamos proximos do convidado). Essa afirmação baseia-se na comparação com outras raças quanto à reação do cão à invasão de seu território. De acordo com o estudo, enquanto um Mastiff ataca em 50 a 75% das vezes em que o seu território é invadido, o São Bernardo só o faz em 25%.
Mas apesar disso, o São Bernardo é usado como cão de guarda por sua excelente capacidade em dar o alarme e por possuir um porte gigantesco, o que acaba desestimulando a entrada de pessoas ‘não-autorizadas’.
Justamente por possuir uma constituição bastante pesada, é recomendável que receba o adestramento de obediência desde cedo, já que controlá-lo depois de adulto e pesando mais de 90 Kg não é tarefa fácil.
Na classificação de Stanley Coren, em seu livro "
A Inteligência dos Cães", o São Bernardo ocupa a 65ª posição, o significa que o dono precisa ser bastante paciente para que obtenha bons resultados no adestramento (isso é verdade, o Iron demorou para aprender, mas agora já vai fazer 3 anos e é muito obediente).
Para que se desenvolva de forma adequada, o São Bernardo precisa de espaço para movimentar-se e, principalmente, de contato com as pessoas da casa. Não é um cão que possa ser deixado no ‘fundo do quintal’.
Por ser uma raça de crescimento muito rápido, os filhotes precisam receber um acompanhamento cuidadoso, especialmente quanto aos ossos e musculatura.
O filhote deve receber a melhor ração possível, que garanta os níveis adequados de proteínas e cálcio, procurando evitar os problemas decorrentes de uma alimentação deficiente, como a descalcificação e evitar o surgimento da displasia.No entanto, qualquer suplementação de vitaminas e cálcio só deve ser feita com a orientação do veterinário, uma vez que o excesso destes componentes também causa problemas no desenvolvimento do filhote.
É muito importante que o dono ensine ao filhote os comportamentos desejáveis e repreenda os indesejados, estabelecendo limites claros para o cão desde cedo.
Para a escolha de um filhote, deve-se dar preferência aos maiores, mais pesados, com cabeças grandes, boa movimentação e com a máscara preta na cara.
Vale lembrar, que atualmente, o São Bernardo é usado sim para buscas de pessoas na neve. Com um faro apurado (consegue perceber a presença de uma pessoa soterrada até 3 metros de profundidade) e ainda com uma percepção fora do normal (pode-se dizer até um 7º ou 8º sentido), hoje em dia ele acompanha as buscas de elicóptero e caminha por onde o elicóptero não chega. Ele ainda ajuda a salvar muitas vidas e sempre usando seu tradicional barrilzinho !!!!
Os principais problemas comuns aos São Bernardo são, principalmente, relativos ao seu porte físico, entre eles:
Displasia coxo-femural, má formação do encaixe da cabeça do fêmur com a bacia. Na Suíça, o clube da raça trabalha pelo controle do problema e, para poder cruzar um São Bernardo, é preciso antes obter uma autorização conseguida depois que o cão é examinado por três juízes que também analisam suas radiografias.
Câncer ósseo – pode afetar os São Bernardo a partir dos cinco anos. Especula-se que essa predisposição seja fruto da carga hereditária aliada à conformação óssea da raça. Os sintomas são dor e inatividade, que aparecem com o estado adiantado da doença.
Torção gástrica - outro problema que pode acometer o São Bernardo em função de seu tamanho. Para prevenir esse mal, é fundamental que o cão não receba toda comida do dia de uma vez só e evitar que faça esforços físicos logo após as refeições.
Outros problemas comuns à raça:
Entrópio – quando a pele que encobre parte da vista. Essa característica costuma aparecer a partir dos três meses de vida, deixando os olhos irritados e vermelhos, com lacrimejamento excessivo. A correção é cirúrgica.
Algumas linhagens apresentam epilepsia, mal genético sem cura que provoca convulsões e pode ser controlado com medicamentos. Aparece depois dos 3 anos de idade. Recomenda-se não reproduzir o cão portador de males hereditários para não disseminar os problemas.
Alguns cães podem apresentar ainda dermatites, causadas pelo acúmulo de umidade sob a pelagem do cão.
A conformação de suas orelhas, também pode propiciar o surgimento de infecções de ouvido. Para a prevenção deste problema, é recomendável manter sempre a limpeza dos ouvidos.
O são bernardo (saint bernardshund) pertence ao segundo grupo (cães de trabalho), e é considerado um cão de guarda e de salvamento. É um cachorro forte, de peito bem arqueado e ombros largos. É um excelente companheiro, que adora as crianças. Respeita seu dono, é fiel e devotado à sua família. É muito tranquilo e gosta de companhia.
Ao contrário do que muitos podem pensar, o são-bernardo não é um cão de difícil manutenção. Apesar de precisar de exercícios diários, mesmo depois de adulto, ele não precisa de tanto espaço. Um bom passeio de coleira diariamente trará a dose ideal de exercício para o cachorro que não tenha muito espaço em casa.
COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:
- O cão são bernardo possui uma expressão de alerta e atenção.
- São vigilantes e muito ativos.
- Possuem um temperamento, dócil calmo e amável.
- São ótimos como cães de guarda.
- São muito leais com os donos.
- Possuem uma excelente habilidade no trabalho de resgate.
- O faro desta raça é bem desenvolvido.
Experiência própria : Meu cão é muito meigo, e quer sempre estar comigo. Desde filhote ensinei a passear na coleira, eduquei para não pular, e sentar sempre que faço o comando. Ele também aprendeu a bater a pata na minha mão ( tipo "toca aqui"). Como todo cão requer os cuidados básicos, água, comida, e muito carinho, mas os cuidados com a saúde é muito importante. Eles são grandes e preciso fazer todo dia uma vistoria básica. Sem dizer que sou obrigada a escovar o pêlo dele no mínimo 3 vezes na semana. Banho no verão é uma necessidade para eles, o Iron não é fã de carteirinha, mas no verão um banho por semana ele toma, e devo dizer que ele aparenta feliz com isso. O espaço realmente não precisa ser grande, é um cão calmo, passear uma vez por dia é o suficiente. Ele fica feliz e demonstra agitação logo quando eu chego, mas é questão de 5 minutos e ele fica calmo novamente.
Definitivamente é um ótimo cão!
PITBULL:
O American Pit Bull Terrier é um cão de porte médio, de constituição sólida, pelagem curta, com uma musculatura bem definida. Se apresenta em todas as cores e marcações, combina resistência e atleticidade com graça e agilidade.
A raça foi desenvolvida para o combate, e suas principais características são a auto-confiança, a agilidade e a sua incrível resistência.
É uma raça fiel e bastante apegada ao seu dono. Ao contrário do que muitos pensam, o American Pit Bull Terrier é bastante amigável com os seres humanos.
É admirável seu carinho com as crianças, e sua docilidade, até mesmo com pessoas estranhas, o que não faz da raça a mais indicada para guarda de propriedade.
Características:
As características essenciais do APBT (American Pit Bull Terrier) são a resistência, auto-confiança e a alegria de viver. A raça gosta de agradar e é cheia de entusiasmo. O APBT é um excelente cão de companhia e é notável o seu amor por crianças.
Pelo facto de a maioria dos APBTs apresentarem certo nível de agressividade contra outros cães, bem como pelo fato de o seu físico ser poderoso, a raça necessita de proprietários que os sociabilizem cuidadosamente e que treinem obediência aos seus cães.
A agilidade da raça torna-a num dos mais capazes caninos, portanto uma boa cerca é necessária para a raça. O APBT não é a melhor escolha para os que procuram cães de guarda por ser extremamente amigável mesmo com desconhecidos. Comportamento agressivo para com o ser humano não é característico da raça, portanto isso é extremamente indesejável. A raça sai-se muito bem em eventos e exposições pelo seu alto grau de inteligência e pela sua vontade de trabalhar.
O APBT movimenta-se com uma atitude confiante e vivaz, oferecendo a impressão de que espera a qualquer minuto ver algo novo e excitante. Quando trota, a sua movimentação não demonstra esforço, é suave, poderoso e bem coordenado, mostrando bom alcance dos dianteiros e boa propulsão dos posteriores. Em movimentação, o dorso permanece nivelado, apresentando apenas uma leve flexão que indica elasticidade. Visto de qualquer lado, as pernas não se viram nem para dentro nem para fora e os pés não se cruzam nem interferem entre si. Conforme aumenta a velocidade os pés tendem a convergir em direcção ao centro da linha de balanço.
Quanto à trufa (focinho) dos cães, há 3 colorações: Red Nose (a mais popular), Black Nose (tradicionais), Blue Nose (raro)e os Blue Fawn (raro). Na pelagem todas as cores são aceites. Nos olhos inclusive a cor verde é aceite, no entanto, verde âmbar e azul vitrificado são completamente abominados. Cães com um olho de cada cor são considerados fora de padrão. Mas, mesmo fora do padrão vamos combinar que todos são lindos!!!!!
A musculatura do Pit Bull deverá ser trabalhada com exercício mas nunca com anabolizantes.
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
- Os pit bulls são cães extremamente fortes.
- Possuem estruturas óssea e muscular bem desenvolvidas.
- As cores mais comuns para está raça são: preta, branca, marrom claro e marrom escuro.
- O pescoço é grosso e curto.
- Possui mandíbulas desenvolvidas e forte.
- O peso de um pit bull pode variar de 30 a 50 quilos.
- Com relação a altura, podem atingir de 35 a 50 cm.
COMPORTAMENTO E TEMPERAMENTO:
- O pit bull é um cão ágil e com grande impulso muscular.
- Necessitam de um trabalho específico de treinamento e socialização para não se tornarem agressivos. Devem circular em espaços públicos com focinheira e coleira, conduzidos por pessoas com força física.
- Os pit bulls são inteligentes e quando adestrados corretamente, tornam-se obedientes.
- Possui muita energia e vontade, além de necessidde, de praticar atividades físicas.
Genética
A agressividade do Pit Bull está associada a um gene recessivo podendo ser controlada a partir de criadores responsáveis, que devem ter a consciência de não vender tais exemplares a pessoas com perfil psicológico desviado, vendendo apenas para outros criadores já cadastrados nas suas bases de dados e que terão a responsabilidade de treinar tais animais. Normalmente em cada ninhada (aproximadamente de 8 a 14 filhotes, tendo casos de até 17 filhotes que se mantiveram vivos e sadios) a percentagem de filhotes “bravos” é de 10%, ou seja, na grande maioria, apenas 1 filhote se mostra com tal comportamento. Nesse filhote deve ser realizado a castração aos 18 meses de idade e administrado treino exaustivo além de muito carinho e convivência com outros animais desde a sua infância para que esse gene seja reprimido nas criações sérias.
Posse Responsável
Para que não se cometa injustiças com a Natureza, onde o homem se sente o dono, devemos primeiro ouvir os criadores e especialistas na raça, não em cães, pois os especialistas em cães tem uma tendência a não gostar da raça devido so seu histórico e devido a grande força que a mídia faz para 2vender notícias”. Para que a posse responsável surta o efeito desejado o proprietário deve passar por um exame psicológico e assinar termo de compromisso e responsabilidade para ter o privilégio de poder cuidar de tais animais e que deverão responder judicialmente por ele.
Mídia X Pit Bulls
Para a mídia os Pit Bulls são uma fonte de notícias magníficas, primeiramente se criou o esteriótipo e o grande “pré-conceito” com animais de tanto valor, após a fama já criada cada notícia reflete em aumento da audiência ou venda de publicações como revistas e jornais. Porém há um grande problema, a cada notícia lançada na mídia o número de PIT BULLs abandonado nas ruas aumenta em 250% (dados do centro de zoonoses da cidade de Belo Horizonte acarretando em animais desestruturados para a vida “selvagem na cidade”, criando animais mestiços, pois os mesmos são mais fortes que os vira-latas tendo a preferência das fêmeas para copular. Além de se tornarem violentos no momento em que sentem fome e desprezo.
Midia X Banalização da raça
Outro efeito causado pela mídia é a procura, por pessoas com o perfil desviado, para a aquisição desse animais. Sabendo que os mesmos são extremamente fortes e com muita disposição, pessoas com má fé já o adquirem para se auto-afirmarem perante a sociedade. Esses animais passam por verdadeiras torturas. Passam fome, são alimentados a carne com muito sangue e pimenta, são privados de água, além de ficarem acorrentados durante todo o dia. São também privados de contato com outros animais e pessoas, o que os torna em animais medrosos e, consequentemente, agressivos. A mídia tem o papel mais importante de todos na banalização dessa raça, principalmente por criar situações não verdadeiras e enfatizar os ataques, que representam apenas 0,125% dos ataques de cães em todo o mundo. Por mais que não possa parecer, em filmes americanos muitas vezes são usados os American Pit Bulls Terriers para contracenar com crianças, muitos são usados pela polícia pela sua lealdade ao treinador e pela sua felicidade em servi-lo, o que infelizmente não é mostrado pela mídia.
Experiência própria: Temos uma fêmea, é extremamente dócil, fofa, meiga. Pegamos ela com 30 dias +/-. Realmente é uma raça bem determinada, mas o adestramento foi fácil. Ela aprendeu rápido a sentar, e aguardar, aprendeu onde deve fazer as necessidades, e estamos ensinando a dar a patinha. Ela é bem agitada, precisa de um certo espaço, e passeios diarios. Gosta muito de ter o dono por perto, mas sempre proteje seu ambiente e pessoas da familia. Ela esta com seis meses e já tem uma musculatura bem definida. Gosta muito de água, não come muito... a ração quanto melhor for, mais você irá perceber no seu cão. Isso para qualquer raça.
Qualquer cão, bem estruturado, com uma energia dos donos forte e principalmente que tenham paciência com seu cão, duvido muito que faça algo errado.
Espero ter ajudado.